Um dos fundadores da ADCE, Paulo Egydio Martins, foi eleito governador do Estado de São Paulo. No período de seu governo, de 15 de março de 1975 a 15 de março de 1979, a ADCE teve grande destaque e assumiu vários postos importantes. Já no início deste período, ainda em 1975, a imprensa registrava uma atenção diferente que a entidade vinha recebendo de vários setores da sociedade, dada a importância de sua representatividade. Houve até outra corrida de novos candidatos a associados, repetindo o movimento de 1963, quando a ADCE teve grande afluxo para seus quadros.
Além do governador Paulo Egydio Martins, outros adeceanos ocupavam cargos de extrema importância: Luiz Arrôbas Martins, chefe da Casa Civil; Nélson Gomes Teixeira, Secretário da Fazenda; Thomaz Pompeu Borges de Magalhães, Secretário dos Transportes; Murilo Macedo, presidente do Banco do Estado.
Mas a participação de adeceanos no primeiro e segundo escalões do governo e em postos importantes de outras entidades era bem mais extensa e de tal representatividade, que o Jornal Folha da Tarde, em sua edição de 6 de fevereiro de 1975, publicou uma lista de membros da entidade ocupando cargos importantes: Flávio Musa Guimarães (presidente da COMGÁS); Newton Cavalieri (Presidente do Sindicato dos Empreiteiros de Obras Públicas); Elias Corrêa de Camargo (ex-secretário do Abastecimento e ex-presidente da CEAGESP, diretor do INOCOOP); Hans Dieter Schmidt (presidente da Fundição Tupy); Boaventura Farina (presidente da Associação Comercial de São Paulo); Edmundo Kehdi (vice-presidente do Sindicato de Fiação e Tecelagem); Fábio Nusdeo (professor da USP); Fernando Gasparian (industrial têxtil e diretor do semanário Opinião); Fernando Pacheco de Castro (presidente da Associação Brasileira de Supermercados); Guilherme Giorgi (industrial têxtil); Henry Maksoud (presidente da Hidroservice e do grupo Visão); João Evangelista Leão (coordenador da COGESP); João Fernando Sobral (futuro presidente internacional do Lions); Lucas Nogueira Garcez (presidente da CESP); Plínio Assman (presidente do Metrô); Mário Lopes Leão (presidente da COSIPA e do IDORT); Paulo Artur Nascimento (presidente da agência de publicidade P. A. Nascimento); Renato Ferrari (presidente do Sindicato dos Distribuidores de Gás Liquefeito).
Dos quadros da entidade, já ocupavam importantes cargos federais Paulo Nogueira Neto, chefe da SEMA – Secretaria Especial do Meio Ambiente (Ministério do Interior) e Fernão Bracher, no Banco Central.
Não restavam dúvidas que a ADCE tinha representação em postos importantes da sociedade brasileira, principalmente no governo do estado de São Paulo. Mas passado o período de Paulo Egydio Martins como governador, também ficou claro a diminuição do interesse de novos candidatos a associados, repetindo o mesmo movimento havido entre 1963 e 1964. A ADCE avaliou, novamente, que os que permaneceram na entidade foram por realmente acreditarem nos objetivos da mesma. E essa voluntária separação do interesse político e do interesse na Doutrina Social Cristã foi tida por importantíssima, para que permanecessem os legítimos dirigentes cristãos.